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Bom dia Babilônia, resenha
18/05/2015, 11h05m.
As duas moças, Edna e Mabel, fizeram um pacto de ganância (só namorarem produtores e diretores), e o quebram ao aceitar um pacto de amor com os protagonistas. Estes fizeram um pacto de amor, com o pai e os irmãos, e o quebram ao aceitar o pacto de ganância com o novo maestro, o produtor de cinema. As duas personagens corrompidas, que vieram à Babilônia para trocar a beleza por dinheiro, são “salvas” pelo amor, e os dois personagens que fazem a jornada por amor são corrompidos e acabam trocando a beleza que produzem por dinheiro, ou seja, acabam se prostituindo.
2. Os protagonistas passam de um primeiro mestre/maestro, o pai artesão, escultor, pintor, restaurador de catedrais, para um segundo, o diretor de cinema Griffith.
Há um evidente paralelo entre as profissões do primeiro e do segundo maestros. A arte plástica da criação de catedrais verdadeiras está morrendo, e sendo substituída pela criação de filmes, que usam “catedrais” falsas como cenário.
Há ainda um outro paralelo entre a catedral e o cenário, na medida em que os dois são colossais, enormíssimos, frutos de megalomania artística.
A igreja e o cenário de filme também têm uma correlação, porque ambos são cenários de farsas e representações.
As profissões também se relacionam porque ambos criam beleza plástica destinada a sobreviver ao seu criador.
3. Para entrar no mundo do cinema os protagonistas fingem ser outras pessoas: ou seja, entram nesse mundo como atores, representando personagens. Tornam-se atores para ingressar no universo do cinema.
4. Os artistas vão para a América e acabam cuidando de porcos: pérolas aos porcos?
5. O dicionário dá como uma das acepções de Babilônia “falta de ordem, confusão, babel”.
6. O encontro dos protagonistas com o cinema, isto é, da antiga arte com a nova, se dá num encontro entre o meio de transporte antigo, a carroça, e o meio de transporte moderno, o trem.
São os cavalos desgovernados (o destino, o acaso) que leva os irmãos ao encontro da fama e da fortuna, como depois é o acaso que os torna diferentes (privando um da mesma sorte que beneficia o outro), e causando a separação.
7. A intolerância é que acaba separando os dois irmãos. Depois, de novo a intolerância, corporificada na guerra, serve de pano de fundo para a reunião/reconciliação.
8. A câmera é usada no final para indicar o cinema como veículo para uma geração deixar mensagens para as vindouras. E a mensagem final é uma benção, se bem que de mãos ensangüentadas.
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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